sábado, 23 de junho de 2012

Religiosos e Religiosas deixam mensagem à Igreja e à sociedade

Por ocasião do Encontro Nacional da Vida Monástica e Contemplativa que aconteceu de 16 a 19 de junho próximo passado, os religiosos e religiosas deixaram uma mensagem  à Igreja e à sociedade.
Religiosas, Religiosos e Leigos de Vida Monástica e Contemplativa no Seminário
Santo Afonso em Aparecida - SP

Mensagem Final do Encontro  Nacional da Vida Monástica e Contemplativa

(Aparecida (SP), 16-19 de junho de 2012)
“Identidade, Mística e Missão”
    Nossa pátria é o céu (Fl 3,20)
  1. Reunidos em Aparecida, lugar privilegiado da manifestação da fé do povo brasileiro, e onde se pode sentir mais de perto a maternidade carinhosa de Maria, por iniciativa da Conferência dos Religiosos do Brasil e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com o incentivo e aprovação da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, acolhidos calorosamente pela Igreja Local, expressamos nossa alegria e gratidão por esta oportunidade de comunhão e convívio fraterno, reflexão e partilha de experiências, oração e celebração, que nos foram proporcionados. Vemos em tudo isto a solicitude da Igreja para com nossas famílias religiosas. 
  2. Com o tema “identidade, mística e missão” e o lema “nossa pátria é o céu” (Fl 3,20), procuramos aprofundar a compreensão de que somos consagrados para responder ao olhar de amor do Senhor por todos nós: “não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16). Somos gratos pelo chamado para a vida monástica e contemplativa, partilhado também por leigos que vivenciam nosso carisma na realidade secular. Reconhecemos que nossa fidelidade a Jesus exige sempre e de novo decisão e empenho, dimensões que marcam o povo de Deus que caminha na história, buscando corresponder à vida de cidadãos do céu (cf. Fl 3,20).
  3. Empenhamo-nos por aprofundar a compreensão de nossa vocação particular na Igreja, nossa identidade, mística e missão; o sentido de pertença e fidelidade criativa à Tradição de nossas famílias religiosas, a conservação do próprio patrimônio espiritual, a comunhão como possibilidade de experiência real do amor vivido e sua celebração diária na liturgia; a dimensão comunitária da experiência de fé, a corresponsabilidade no que diz respeito ao “único necessário” (Lc 10,42), cientes de que “nossa pátria é o céu” (Fl 3,20). Desejamos conservar, alimentar e aprofundar o amor, a fidelidade e a devoção filial à Igreja, ao sucessor de Pedro, em comunhão com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Possamos, com a graça de Deus, receber a força de tornar visível pelo amor fraterno, a unidade da comunhão trinitária que nos abraça e abençoa. Reconhecemos humildemente a presença entre nós de atitudes contrárias às exigências do seguimento radical de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Fl 3, 18-19). Mas também temos a certeza de que Deus escolhe instrumentos frágeis para testemunhar no mundo seu amor (cf. 1Cor 1, 27-28), e acreditamos que Sua misericórdia é grande (1Pd 1,3).
  4. Somos desafiados no cotidiano pelas consequências da mudança de época em que nos encontramos. Isso faz com que os critérios de compreensão, os valores mais profundos, a partir dos quais se afirmam identidades e se estabelecem ações e relações entrem em crise. Sentimos tal realidade influenciando e desafiando nossa forma de vida. Desejamos, portanto, que nosso testemunho discreto e simples de amor vivido em todas as suas manifestações, possa ser resposta oferecida por nossas comunidades religiosas ao mundo. Em especial, com a Igreja, através da participação em seu mistério pascal e da ascese e da solicitude orante pela humanidade, suas necessidades e intenções, acolhendo as angústias e dores, as alegrias e esperanças dos homens e mulheres de nosso tempo.
  5. Confiamos na força do amor (cf. Ct 8,6). Por isso, “com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12,1), vislumbramos um futuro mais harmonioso nas relações entre hierarquia e carisma, dimensões constitutivas da Igreja. Incentivamos uma pedagogia de mútua apreciação, desde os seminários e casas de formação, até a criação de espaços de autêntico diálogo e mútua colaboração.
  6.  Renovamos nosso compromisso em testemunhar alegremente no silêncio da vida a força da fidelidade a nossos carismas. Por isso, entre expressões antigas e novas de vida monástica e contemplativa, assumimos o desafio de dar continuidade à experiência da gratuidade do amor e da comunhão entre nós e nossas famílias religiosas, vivida nestes dias em Aparecida. Propomo-nos favorecer e fomentar o caminho aqui iniciado, sob as bênçãos da Senhora Aparecida, pois, reconhecemos que da Igreja recebemos a fé e a consagração; e nela, com gratidão e alegria, nos consagramos ao Senhor sem reserva, característica dos adoradores que o Pai procura.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Monges e Monjas realizam caminhada ao Santuário de Aparecida



Eram seis horas da manhã quando o sino do Seminário lembrava aos monges e monjas reunidos em Aparecida, a hora da oração matinal. Após rezarem, como de costume as laudes(oração da manhã rezada por todos os consagrados), eles marcharam até o santuário de Aparecida. Um belo testemunho.

A caminhada se fez no silêncio. Religiosos de Vida Apostólica, bispos, representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre eles, Dom Jaime Spengler, bispo referencial para a Vida Religiosa, Dom Pedro Brito, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, caminharam junto aos Religiosos.

Irmã Vilma Vitoreti, Irmã Rosa Maria e padre Mário Cesar, assessoras e assessor executivo da CRB Nacional também não ficaram para trás. A caminhada teve um grande sentido de testemunho. "Que lindo, né?" disse um motoqueiro extasiado ao ver tantos monges e monjas pelas ruas de Aparecida.


"Eu já tirei várias fotos. Tá lindo demais", disse uma romeira. "Eu quero sair nessa foto com as freiras", disse outro. E os religiosos em clima de muita alegria e simplicidade entraram na dinâmica dos romeiros com o coração voltado para a Mãe, na expectativa de chegar logo aos seus pés.

Uma missa celebrada especialmente para os participantes deste encontro foi presidida pelo cardeal dom João Braz de Aviz, prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólicas, o qual deu licença especial para que os monges e monjas pudessem sair do mosteiro para participarem deste encontro.

Em sua homilia, dom João falou da sua satisfação em poder estar presente, ressaltou a importância da Vida Monástica para a Igreja e a sociedade. "Desde Roma, trago a bênção do papa Bento XVI para cada um de vocês", disse.

Após a Celebração Eucarística, os religiosos se encontraram no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho para momentos de diálogo com dom João Braz de Aviz e reflexão sobre a Vida Monástica cujo assessor foi dom Vital Paixão, monge beneditino.

Os Religiosos encerram o dia com a reflexão trazida pelos assessores da tarde, o jornalista de 'O Globo", Luiz Paulo Horta que refletiu sobre a importância deste estilo de vida para a Igreja e a sociedade nos tempos atuais, com o tema: Palavra de uma pessoa "de fora", leitura crítica do que ouviu" e Irmã Vera, abadessa beneditina do Mosteiro das Beneditinas de Salvador-BA que refletiu sobre o tema "contemplação sapiencial da realidade".


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Religiosos refletem identidade, mística e missão da Vida Monástica e Contemplativa




Desde o último dia 16, 200 religiosos  entre monges e monjas dos mais diversos mosteiros do Brasil, deixaram suas clausuras para se encontrarem em Aparecida-SP, a fim de refletirem juntos sobre a Identidade, a Mística e a  Missão da Vida Monástica e Contemplativa. Além dos momentos de oração, Celebrações Eucarísticas, trabalhos de grupos e partilhas de experiências, os religiosos contam com momentos de reflexão assessorados por monges, monjas e leigos. 

Esteve presente até o dia de ontem e conversou com o grupo, o cardeal arcebispo, prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, vindo de Roma para participar do Evento. Participou e assessorou o encontro, a presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrosio, que se ausentou para participar, em Quito da Assembleia Eletiva da Confederação Latinoamericana e Caribenha de Religiosos e Religiosas(CLAR). 

Acompanham o encontro, dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, o bispo referencial para a Vida Religiosa, dom Jaime Spengler; as assessoras executivas Irmã Vilma Vitoreti, Irmã Rosa Maria Martins e o assessor executivo, padre Mário Cesar do Amaral. 

O tema Identidade, Mística e Missão foi refletivo pela assessora Irmã Mechtildes Villaça Castro, monja beneditina de Belo Horizonte. Para Irmã Mechtildes o tema da mística é complexo se se pretende abordar a sua história, as suas dimensões e os vários sentidos nos quais esta palavra foi assumida no tempo, em contextos profanos.

"A “vida mística”, por ser uma atitude existencial, uma certa maneira de ser e viver em profundidade, supõe a contemplação e a missão. Carregando as angústias de nosso tempo, cujas características são muito próprias, angústias que nos afligem e a tantos de nossos irmãos, para não dizer a toda humanidade, coloquemo-nos a serviço deste “mistério de salvação” sempre operante, por uma vida de oração suplicante, de “misteriosa fecundidade”. A “vida mística”, por ser uma atitude existencial, uma certa maneira de ser e viver em profundidade, supõe a contemplação e a missão. Carregando as angústias de nosso tempo, cujas características são muito próprias, angústias que nos afligem e a tantos de nossos irmãos, para não dizer a toda humanidade, coloquemo-nos a serviço deste “mistério de salvação” sempre operante, por uma vida de oração suplicante, de “misteriosa fecundidade”, disse.

Ao falar do estilo de vida que as separa do mundo, Irmã Mechtildes relatou que a vida monástica e contemplativa com o jeito de ser tem uma contribuição a dar em relação ao mundo.
"Que lhe poderemos oferecer em nossa vida monástica e “contemplativa”? Em primeiro lugar, um “testemunho” de pessoas que tudo deixaram pelo Reino de Deus, certas de que nossa cidadania está nos céus. Este testemunho admirado por muitos, a muitos outros incomoda, interroga, mesmo que não o digam. Em segundo lugar, aos que batem à nossa porta, cabe-nos dar aos mais pobres a ajuda de que necessitam. E a todos um ambiente de silêncio, de paz, de oração, de hospitalidade. Também uma palavra de vida, de consolo, de orientação, pois nosso tempo levanta problemas que não eram comuns no passado. Pede-nos, dentro de nossas possibilidades, atualização quanto ao conhecimento da realidade, mas também uma visão eclesial, bíblica e teológica"concluiu.

sábado, 16 de junho de 2012

Religiosos refletem sobre a Vida Consagrada



Teve início na manhã deste sábado, 16, o Encontro Nacional da Vida Monástica e Contemplativa, uma organização da Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB) e representantes da Vida Monástica e Contemplativa.
O encontro acontece no Seminário Santo Afonso, dos Missionários do Santíssimo Redentor(Redentoristas), na cidade de Aparecida-SP.
Os religiosos, cerca de 200, deram início as atividades com a oração da manhã (laudes) presidida pelo Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília,, Dom Leonardo Steiner e concelebrada pelo presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada e arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito e o bispo referencial para a Vida Consagrada e bispo auxiliar de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler.
A abertura foi feita pelo secretário geral da CNBB, D.Leonardo Steiner que conduziu o momento. Participaram da mesa o prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e arcebispo da arquidiocese de Aparecida, dom Raimundo Damasceno, a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil, Ir.Márian Ambrósio, o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada e arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito, o monge cisterciense e abade emérito da Abadia Nossa Senhora de Hardehausen, em Itaporanga, D.Luiz Alberto Ruas Santos e a abadessa beneditina do Mosteiro do Salvador, Me.Vera Lúcia Parreiras Horta.
Em sua fala, D.Raimundo deu as boas-vindas aos participantes e manifestou a alegria
em acolhê-los na Arquidiocese de Aparecida, destacando que a vida monástica e contemplativa é fundamental para a Igreja.
“A Igreja depende da oração e intercessão dos religiosos de vida monástica e contemplativa. Assim como a vida de Cristo em Nazaré, os contemplativos vivem no escondimento, na humildade, no silêncio de suas clausuras”, disse.
“A grande marca, a grande riqueza deste evento se concentra num fio de ouro, que às vezes suave como um sopro, às vezes violento como uma tempestade tem força de nos converter: a Palavra de Deus, fonte de cada oração de toda a nossa espiritualidade. Essa Palavra é como uma espada de dois gumes, ela nos atinge e é como um fogo que arde em nós, como a chuva que só volta ao seu lugar depois de ter cumprido a missão de fecundar a nossa vida. Deixemos o nosso coração escancarado à ação do Espírito Santo.O amor foi a base para fazer acontecer este encontro. Era o nosso grande desejo realizá-lo.” Com esta afirmação, a presidente da CRB, Ir.Máriam Ambrosio a abertura do encontro e relatou também,  uma breve memória da mudança da CRB para Brasília, após 54 anos no Rio de Janeiro e os encontro do Programa de Formação para a Vida Monástica e Contemplativa.
Esse encontro somente foi possível graças à aprovação e licença especial concedida às religiosas de clausura pelo prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz.
O cardeal manifestou a satisfação de deixar Roma para estar neste encontro. “Estava ansioso por estar aqui. Sempre amei os religiosos. E em minha pessoa sintam-se abençoados pelo Santo Padre Bento XVI”, se expressou.
Dom Pedro Brito comentou o empenho da CNBB, da CRB e da Comissão na organização
e realização deste encontro. “Estamos a serviço de todos estes organismos e desejamos que a vida monástica e contemplativa atinja maior visibilidade na vida da Igreja. Provocar neste mundo que existem outra formas de vida. Não nos esqueçamos da dimensão mística, vivendo só do ativismo”, completou.
O  biblista e bispo emérito de Mogi das Cruzes, D.Paulo Mascarenhas Roxo  refletiu sobre o lema do encontro: “Nossa Pátria é o céu!” (Fl 3,20). Nesta iluminação bíblica, D. Paulo provocou os participantes com a pergunta: “Será que percebem o céu em nossa vida?” ser cidadão do céu não aliena nem afasta nunca o cristão da realidade crua, às vezes, dura, da terra, dos irmãos da terra, do mundo de aqui em baixo.
Cidadãos do céu sonham realizar um mundo com o perfume do céu, da sua beleza, da sua paz, do seu amor, do seu Deus, do seu Senhor. A vida contemplativa é profecia que proclama que toda realidade carrega uma dimensão de céu. Nossas comunidades, nossos mosteiros, nossos eremitérios são testemunhas do céu, buscam uma pequena parte da vida de céu, já aqui na terra, sonham ser verdadeiros cidadãos do céu”, confirmou.
Para dom João Braz, a Vida Religiosa deve manter vivo no cotidiano de sua existência alguns elementos fundamentais para a vivência da santidade: a experiência profunda do amor de Deus, a dimensão trinitária que nos inspira na vivencia da fraternidade com o outro, o diferente, o contexto atual e a obediência religiosa.
“Como religiosa (o), preciso fazer a experiência do amor de Deus. Deus é amor. Nos tornamos consagrados para responder a um olhar de amor que Deus teve por nós. Nos fez deixar tudo porque valia a pena. Brasa. Deus é comunidade. Ele resolveu desde sempre o problema da diversidade. Somos imagem de que Deus nos amou (Gn 2,27). Deus criou homem e mulher. Um não é menos que o outro. Deus nos criou à imagem do amor. A vida inteira é uma busca do amor. Às vezes, erramos onde procurar o amor. Voltar ao relacionamento de amor e nos perguntar: Quem é o outro para mim? O outro é um problema para mim? O outro é a grande oportunidade de eu gerar o outro que é Deus e eu só posso gerar sendo dois. O amor é Deus. O outro me dá a possibilidade de experimentar o amor. Amar o outro como ele quer ser amado. Julgar pertence a Deus”, relatou.
Dom  João disse também que o exercício da obediência é exercício das duas partes envolvidas de perceber e buscar qual é a vontade de Deus. Para ele o superior precisa ter clareza e discernimento para saber se o que ele vai dizer ou sugerir para seus irmãos(ãs) é de fato a vontade de Deus, pois o poder só tem sentido se é serviço e se não massacra a pessoa do outro. O súdito, por sua vez, não deve pecar por omissão. Não ajudar o superior a discernir a vontade de Deus, expressando seus sentimentos, é, segundo ele, prejudicial para que o desejo de Deus se torne realidade.
Partilhas em  grupos e diálogos com os conferencistas, a Celebração Eucarística no final da tarde e um momento de vigilia, completaram as atividades do dia.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pronto para começar o Encontro Nacional da Vida Monástica e Contemplativa


 Vindos de todas as partes do Brasil, monges e monjas se encontram em Aparecida-SP para refletir a identidade, a mística e a missão da Vida Consagrada


Por Rosinha Martins| Começa na manhã desta sexta, 16, o Encontro Nacional da Vida Monástica e Contemplativa. Monges e Monjas das mais diversas Ordens e Mosteiros do Brasil se reúnem para pensar juntos sobre o seu estilo de vida e partilhar suas experiências.


Uma equipe de acolhida foi organizada pelo núcleo da Conferência dos Religiosos de Aparecida para o serviço de acolhida e hospedagem solidárias. 

Com o tema "Nossa Pátria é o céu", o evento acontece no Seminário Santo Afonso dos Missionários Redentoristas, na cidade de Aparecida-SP e é organizado por representantes da Vida Monástica e Contemplativa, pela CRB Nacional e CNBB. Dentre as atividades a serem realizadas estão a oração, momentos de reflexões com palestristas diversos, Celebrações Eucarísticas, Vigílias de oração,  encontro com a Vida Religiosa Apostólica e uma Celebração Eucarística transmitida para o todo o Brasil pelas TVs e Rádios para mostrar o rosto oculto daqueles e daquelas ordinariamente  vivem no escondimento das clausuras. 


"Antes de começar propriamente o encontro, só o fato de ver e presenciar a chegada de monges e monjas de todo o Brasil com o  com o sorriso nos lábios, seus diferentes trajes e expressões de alegria, para mim, já é uma vitoria, o que significa que já ganhamos o encontro", disse Dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo da Arquidiocese de Palmas-TO e Presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada.



Para a presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrósio, a presença dos contemplativos é testemunho forte da presença de Deus.
"Nesse momento do final da tarde, da acolhida da Vida Religiosa, eu ouço as vozes femininas e masculinas  da Vida Contemplativa cantando e, como um grande coral que é um dos símbolos mais bonitos da comunhão, o tom diferentes, na palavra diferene quando todos se unem ao redor do Mestre, se constrói uma coisa muito bonita. A Vida Contemplativa desde o momento que está chegando, testemunha a presença forte de Deus no meio de nós. O hino que eles cantam “nossa pátria é o céu, nos chama para um compromisso muito definitivo com valores duradouros, com a capacidade de assumir a causa de Jesus e a causa do Reino. É um pouco isso que sinto e que me emociona muito nesse momento de abraçar cada pessoa consagrada que está chegando aqui no Seminário”, relatou.


Para a presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrosio, a presença dos contemplativos é testemun   De acordo com o Abade Emérito Cisterciense, Dom Luis Alberto, um dos grandes objetivos do encontro é dar visibilidade à Vida Monástica e Contemplativa no Brasil além de permitir aos participantes refletir sobre o sentido da identidade, mística e missão da Vida Religiosa Monástica e Contemplativa hoje e estimularem-se mutuamente através da troca de experiências. Espera-se que um dos frutos deste evento seja  o aumento das vocações para essa forma de Vida Consagrada.